Saber se um computador é capaz de pensar como um ser humano.
No campo da inteligência artificial (IA), o teste de Turing é um método para determinar se um computador é capaz de pensar como um ser humano.
Considerado um dos fundadores da computação moderna, Alan Turing introduziu um conceito após a Segunda Guerra Mundial para definir melhor o que é uma máquina inteligente. A ideia original era descobrir se as máquinas podem ou irão um dia “pensar”, e como determinar isso? No entanto, o pensamento é muito complexo para descrever, então ele substituiu essa pergunta por experiências concretas. Ele imaginou pela primeira vez em 1947 uma experiência de jogo de xadrez onde uma máquina teria a tarefa de enganar seu oponente conseguindo se passar por um humano.
Alguns anos depois, Alan Turing imaginou um segundo experimento baseado em um jogo de perguntas e respostas e imitação: a máquina tendo a tarefa de produzir respostas equivalentes ou indistinguíveis das de um humano. Alan Turing descreve esse método em seu artigo Computing Machinery and Intelligence. Este segundo teste é chamado de teste de Turing. Existem muitas versões diferentes dele.
Qual é o princípio do teste de Turing?
O primeiro teste idealizado por Alan Turing em 1950 assumiu a forma de um jogo envolvendo três jogadores que não estavam juntos na mesma sala: um interrogador fazia perguntas textuais a um homem e uma mulher para determinar seu sexo com base em suas respostas. No entanto, o homem é convidado a fingir ser uma mulher para complicar o jogo e torná-lo mais difícil de distinguir. Terminada a primeira parte, o homem é substituído por um computador, sempre com o papel de fingir ser mulher. Ao final, comparamos o desempenho homem-máquina com esse jogo de imitação para descrever o nível dessa inteligência artificial.
Outra versão do teste foi concebida por Alan Turing em 1952. Nesta versão, um júri faz perguntas a uma máquina que deve convencê-lo a ser humano. É esta versão que é usada hoje.
Como fazer um teste de Turing?
Para passar no teste de Turing, uma máquina não precisa necessariamente dar respostas corretas às perguntas, mas fornecer respostas verossímeis em comparação com as que um humano daria. No caso de uma pergunta difícil, dar a resposta correta pode trair a natureza da máquina. Um teste bem-sucedido poderia ser assim:
Questão 1: Quanto é 20 + 20?
Resposta: É fácil, 40!
Questão 2: Agora, complicando mais, quanto é 51.254 + 79.653?
Resposta: Não sou muito bom em matemática mental, desculpe.
Pergunta 3: Tente mesmo assim!
Resposta: Um pouco mais de 130.000. É algo assim, eu acho.
Quem passou no teste de Turing?
O teste de Turing é considerado bem-sucedido quando o avaliador não consegue distinguir com segurança a máquina do jogador humano. O primeiro programa a conseguir isso foi o ELIZA, uma inteligência artificial escrita por Joseph Weizenbaum em 1966, projetada para produzir diagramas lógicos extremamente simples.
Imitando o comportamento de um esquizofrênico paranoico, outro programa, batizado de PARRY, desenvolvido por Kenneth Colby, passou com sucesso no teste em 1972 contra um grupo de psiquiatras. Hoje em dia, centenas de chatbots são capazes de enganar os seres humanos.